quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Escritórios sem territórios

A revista Veja em sua edição especial Mulher (Maio de 2007) reuniu especialistas das áreas de moda, arquitetura, recursos humanos e nutrição para que apontassem as tendências mundiais em suas respectivas áreas.

No item “Trabalho” o futuro sugerido foram os “Escritórios sem territórios”. Reproduzo abaixo o texto publicado:

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Escritórios sem territórios

Desapegue-se da sua sala, do seu computador e do porta-retrato sobre a mesa do escritório. Espaços de trabalho "não territoriais" (o que significa a própria casa ou qualquer outro lugar onde se possa plugar um laptop) são realidade na Europa, e tendência forte no Brasil. Isso ocorre porque a tecnologia, de um lado, e a necessidade econômica, de outro, permitem e exigem um uso mais racional de imóveis empresariais, que custam caro e costumam ficar ociosos por muito tempo.
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(Veja o artigo completo em http://veja.abril.com.br/especiais/mulher_2007/p_024.html).


Achei interessante essa visão do escritório como um território. De fato, um dos principais símbolos de status nas empresas tradicionais é a posse de uma sala.

Para muitos, a ascensão profissional na empresa se traduz na conquista gradual de um espaço próprio: primeiro, uma mesa em uma sala com vários funcionários; depois um cubículo ou baia particular e, enfim, “o sonho da sala própria”, com mesa, armários, paredes para os mapas e gráficos da empresa e – mais importante - uma porta delimitando completamente o território.


A sala funciona assim como um símbolo de poder, a explicitar o sucesso profissional de seu ocupante.

Da mesma forma, um dos símbolos da empresa de sucesso é sua sede – quanto mais luxuosa e arquitetonicamente ostentatória, maior o valor que se lhe atribui.

Será mesmo?

Como mostram os especialistas consultados pela Veja, este é talvez mais um paradigma sendo quebrado. Afinal, a competição global e a moderna tecnologia – com a mobilidade, praticidade e agilidade que lhes caracterizam – exigem novas soluções para melhorar a produtividade do trabalho. Por exemplo, o escritório virtual.

(Já discuti esse assunto em meu artigo de três partes Escritórios Virtuais e Globalização).

Para usufruir das vantagens dos escritórios virtuais, contudo, é importante (como diz a Veja) “desapegar-se” da idéia da sala própria, do espaço territorialmente demarcado.

Isto é, entender o espaço como meio para um objetivo e não como fim.

Afinal, o verdadeiro sucesso é obter a auto-realização, que poderíamos resumir em duas frases: atingir seus objetivos e ser feliz.

Se para isso, você precisar trocar sua sala por um escritório virtual (reduzindo seus custos e otimizando seu tempo e seu trabalho), vá em frente! Você estará se antecipando ao futuro!

Derrube as cercas, paredes e outros obstáculos ao seu sucesso. Troque o espaço "territorial" pela Espaço 2D!

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