No post anterior (Um Escritório Virtual pode viabilizar a sua empresa - 1) vimos como a redução dos investimentos iniciais na abertura ou expansão de uma empresa não apenas melhora o retorno do capital como pode, até mesmo, viabilizar o empreendimento.
Hoje analisaremos outros dois aspectos importantes dos negócios, agora na fase operacional: o “Custo Fixo” e o “Custo Variável”.
(Não entrarei aqui na diferença conceitual entre custo e despesa, neste texto tomados como sinônimos).
O custo fixo (CF) é tradicionalmente definido como a soma dos dispêndios que permanecem (razoavelmente) inalterados, qualquer que seja o volume de produção. São exemplos os custos de limpeza e conservação, aluguéis e salários.
Já os custos variáveis (CV) mudam proporcionalmente de acordo com o nível de produção. São exemplos o custo de matérias-primas, insumos e comissões de vendas.
Assim, uma empresa terá seu custo mensal dividido entre dispêndios que aumentam quando a produção aumenta e diminuem quando esta diminui (variáveis) e outros que não se alteram (fixos), podendo existir até mesmo se a produção for zero.
Na prática, custos fixos não são tão fixos assim, podendo variar significativamente entre faixas de produção/venda. Outros custos, como energia elétrica, podem ser fixos ou variáveis dependendo do tipo de atividade (fixos, para trabalhos de escritório; variáveis para fábricas).
Embora simplistas, as definições anteriores são importantes para o gestor do negócio, principalmente por permitir o uso de um terceiro conceito: a “Margem de Contribuição”.
A margem de contribuição (MC) é a diferença entre o preço de venda (PV) do produto ou serviço e o custo variável necessário para fabricá-lo ou executá-lo.
Isto é: MC = PV - CF
A margem de contribuição é o valor que a empresa tem para pagar as despesas fixas e gerar o lucro líquido.
Quanto maior o custo fixo, maior a dependência da empresa de suas vendas. Meses fracos poderão apresentar até mesmo margem negativa (caso em que a empresa apresentará prejuízo). Por outro lado, aumentar o preço de venda (PV) para melhorar a MC pode ter o efeito inverso se o mercado for competitivo, pois as vendas absolutas poderão cair a ponto de reduzir a receita da empresa.
Idealmente, portanto, a empresa deveria ter apenas custos variáveis, pois bastaria manter um preço superior ao custo para garantir o lucro no final do mês.
Transformando custos fixos em variáveis
A pergunta, então, é: como transformar CF em CV? Ora, o leitor atento já percebeu que uma das maneiras é pela contratação de um escritório virtual!
Vejamos novamente a lista dos típicos custos fixos de uma empresa: limpeza e conservação, aluguéis e salários.
Se for possível à empresa compartilhar espaço físico, pessoal de atendimento e recursos administrativos, já terá dado um grande passo na redução de seus custos fixos. E essa é exatamente a proposta dos escritórios virtuais.
Em lugar de um aluguel fixo (com elevados custos de conservação, condomínio, taxas, energia etc. também fixos), a empresa passará a ter custos variáveis (alugando salas apenas quando necessário). Permanecerá um custo fixo quase simbólico (mensalidade do plano).
A mesma lógica se aplica aos salários do pessoal de atendimento, que estarão embutidos no valor da mensalidade do escritório virtual.
Com menores custos fixos e maior proporção de custos variáveis, a empresa estará mais apta a enfrentar um mercado concorrencial, variações sazonais no volume de vendas, reajustes de salários e insumos, entre outros.
Mais importante: outros benefícios poderão ser auferidos com a contratação de um escritório virtual, como agilidade e flexibilidade, tão necessárias em um mercado competitivo e volátil, como é o caso da maioria dos negócios de hoje em dia.
Mas esse assunto fica para nosso próximo artigo.
Se você se interessou pelo tema, leia também:
Um Escritório Virtual pode viabilizar a sua empresa (1)