terça-feira, 1 de abril de 2008

EUA empreendedor

Há alguns dias falamos sobre o empreendedorismo no Brasil (v. post Brasil Empreendedor). Hoje o foco são os Estados Unidos, país que é o paradigma do empreendedorismo no mundo.

Um relatório da Kauffman Foundation, entidade dedicada ao estímulo da atividade empreendedora nos EUA e à educação de crianças e jovens carentes, apresentou os resultados do mais completo estudo feito sobre novos negócios naquele país.

Cerca de 5.000 empresas surgidas em 2004 foram acompanhadas durante seus primeiros anos de operação. Os resultados do estudo permitiram algumas conclusões sobre as características dos novos negócios nos EUA, bem como sobre os empreendedores que os iniciaram.

Eis alguns resultados interessantes:

· Cerca de 60% das empresas não tiveram qualquer empregado em seu primeiro ano de operação. 15 % possuíam apenas 1 empregado enquanto os 25 % restantes contrataram 2 ou mais empregados. Menos de 4 % operaram com mais de 10 funcionários.
· Menos da metade dessas novas empresas ofereciam benefícios, sendo os mais comuns férias remuneradas, pagamento de ausências por licença médica, horário flexível e seguro-saúde.
(Interessante observar que os dois primeiros benefícios são exigidos por Lei no Brasil e o terceiro (horário flexível) é de fácil implantação em pequenas empresas).
· 37 % das empresas não tiveram qualquer lucro no primeiro ano e 18% amargaram prejuízos. Dos 55% que obtiveram retorno, 17% conseguiram lucros acima de US$ 100 mil.
· 44% não assumiram dívidas ao começar o negócio e 17% fizeram financiamentos abaixo de US$ 5 mil.
· 80% dos entrevistados começaram com algum capital investido no primeiro ano. Cerca de 10% começaram com mais de US$ 100 mil, enquanto 25% investiram menos de US$ 5 mil (!)
· A vasta maioria investiu capital próprio. Apenas 10% recorreram a investimentos de terceiros. Ainda assim, 5% foram financiados por parentes (3,4% pelos pais e 1,6% pelo cônjuge).
· Cerca de 9% das empresas fecharam suas portas antes do fim do segundo ano de operações. (No Brasil, de acordo com o Sebrae, esse índice está em 14%).

Leia o relatório completo, intitulado Kauffman Firm Survey, (em inglês) em:
http://www.kauffman.org/pdf/kfs_08.pdf

Saiba mais sobre como os escritórios virtuais podem ajudar as novas empresas lendo o artigo Escritórios Virtuais para Novos Negócios em: http://www.espaco2d.com.br/artigo4.htm.

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